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Review: Hurricanes “Back to the Basement” (2024)

Surgida no interior do Rio Grande do Sul, a Hurricanes tem seu radar apontado para o rock, blues e suas variantes. Falamos aqui no Memorabilia sobre o excelente álbum de estreia deles |LEIAEm breve retrospecto, abanda foi fundada em 2016 por Leo Mayer (guitarra) e Rodrigo Cezimbra (voz), ainda em Santa Maria, região central do RS. Dois anos depois, a dupla se mudou de mala e cuia para São Paulo, e lá conheceram Guilherme Moraes (bateria) e Henrique Cezarino (baixo), mesma formação que gravou o primeiro CD. 

Foto: Divulgação Hurricanes

No início de 2024, em março, a Hurricanes voltou à Santa Maria com show no Auditório da Cesma lotado | LEIA RESENHA | 

A boa nova é que — como o mesmo time e ideário — um ano depois, eles lançam o segundo álbum de inéditas, “Back To The Basement” — já disponível nas plataformas de streaming — que, assim como seu predecessor, é fortíssimo candidato a figurar entre os melhores títulos de rock do ano.  

Como o próprio nome já entrega o jogo (de volta ao porão), grande parte das canções nasceram no porão da casa do baixista do grupo. Gravado em clima despretensioso, poucos meses após o lançamento do primeiro trabalho — o que manifesta o ritmo frenético do quarteto — se traçarmos um paralelo entre os dois álbuns, dá pra perceber uma natural evolução e maturidade. Da mesma forma que na estreia, “Back to the Basement” tem produção de Leo Mayer e é certeiro, pois passa o seu recado sem rodeios nos seus assertivos 29 minutos e 23 segundos, um petardo que atinge em cheio o ouvinte de rock and roll. 

Foto: Divulgação Hurricanes

O álbum abre com “Penny in My Pocket“, primeiro single de “Back to the Basement“, mais ouvida no Spotify no atual período, faixa que redesenha o espírito do grupo, ressignifica, aponta um norte e dá um F5 com direito a upgrade e carimbo afirmativo hard rock (veja o clipe no final do post). Da mesma cepa, a bateria que você ouve no início de “Over the Moon” é servil ao estilo dos anos 1970, ditando o tom relaxado da música, colocando lenha na fogueira aos poucos, apresentando com clareza os adjetivos da banda, até acelerar tudo no final. O soul bate na porta na balada “Down the Street“, pista livre para Rodrigo Cezimbra mostrar todo o seu talento como cantor. A rotação sobe na ótima e suingada “Many Roads“, com destaque para o teclado de Jimmy Pappon e os backings de Júlia Danezzi, presenças cativas no apoio a Hurricanes. “Big Eyes” mostra a força da dupla Cezimbra/ Mayer, o que nos leva ao salão de atos das grandes baladas acústicas, com destaque para o os violões de aço dignos dos grandes mestres do gênero. “Through the Lights” é puro pão e circo, luz e sombra, guitarra slide molhada, e embebida no mesmo veneno de onde saiu o riff viciante que puxa “Come to the River“, essa com um contrabalanço rock and blues. E ao recolher das cortinas, a Hurricanes mantém o motor girando em alta octanagem com “Colors“, uma espécie de faixa demonstração onde cada integrante abre sua caixa de ferramentas, somatório final de um álbum ajustado da primeira a última faixa. 

Back to the Basement” é um lançamento do selo ForMusic Records, e já está disponível em todas as plataformas, e em CD pela Wikimetal Store.

Veja o clipe de “Penny in My Pocket“. 

Por:  Márcio Grings  

Fonte: Memorabilia

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