A transição do Internacional sob o comando de Roger trouxe resultados expressivos no setor ofensivo. O time, que já demonstrava potencial com Eduardo Coudet, atingiu novos patamares na criação de jogadas e na eficiência em frente ao gol. As estatísticas comprovam a melhora: nos últimos quatro jogos, a equipe marcou 11 gols, apenas um a menos do que em 13 partidas sob o comando de Coudet no Brasileirão. O grande diferencial tem sido a quantidade e qualidade das finalizações.
De acordo com o portal de dados Sofascore, o time de Roger tem, em média, 15,33 finalizações por partida, enquanto com Coudet esse número era de 12,75. O índice de chances claras também dobrou, saltando de 1,75 para 3,25 por jogo. A consequência direta dessa evolução ofensiva é o aumento dos gols: a média de gols esperados (xG) subiu de 1,16 para 1,94 com Roger.
Apesar dessa mudança significativa, o atual treinador não fez críticas ao seu antecessor. Pelo contrário, Roger elogiou o trabalho de Coudet e destacou que aproveitou algumas das características implementadas anteriormente. “Já usava uma plataforma semelhante à do Coudet. O que busquei foi trabalhar as compactações e tornar o time mais vertical, usando a posse de bola como meio, não como fim”, explicou Roger.
Pressão e recuperação de bola no campo ofensivo
Essa nova abordagem é vista nitidamente em campo. O time, sob o comando de Roger, tem dado mais ênfase à pressão na saída de bola adversária, especialmente com a participação ativa dos atacantes nas ações defensivas. Contra o São Paulo, esse modelo de jogo ficou evidente. O segundo gol colorado surgiu após Alan Patrick e Wesley pressionarem a saída de bola, resultando em uma rápida recuperação e finalização com um volante pisando na área adversária – um comportamento desejado, mas pouco alcançado na era Coudet.
Para Paulo Andrade, narrador do Premiere, o tempo de trabalho de Roger começa a render frutos após um início de desafios. “O Inter está se adaptando melhor, e o entrosamento entre os jogadores faz o time crescer ofensivamente. Além disso, a equipe passou por dificuldades, como a enchente e a falta do Beira-Rio, que atrapalharam bastante o processo”, afirmou.
Triangulações e fluidez no ataque
O analista tático Leonardo Miranda, do GE.globo, destaca que uma das grandes virtudes do Inter de Roger está nas triangulações rápidas, que criam oportunidades de ataque pelos lados do campo. “O time ataca em triângulos e sufoca o adversário quando o passe vem ruim”, disse Miranda, apontando que essa estratégia tem sido chave para o aumento de produção ofensiva.
Outro ponto relevante é a adaptação dos jogadores ao novo sistema. Para Paulo Andrade, peças como Fernando, Thiago Maia e Borré estão mais confortáveis em campo, o que tem ajudado a ofensividade do time a florescer. “Mesmo que Roger não seja conhecido por ser um técnico ofensivo, o time dá boa resposta e permite que as individualidades se destaquem”, concluiu o narrador.
A evolução ofensiva do Inter será colocada à prova na quarta-feira, quando o time enfrenta o Bragantino em partida atrasada do Brasileirão. Com uma vitória, a equipe pode entrar no G-6 e se aproximar da vaga para a Libertadores de 2025, coroando o crescimento sob o comando de Roger.
Números comparativos:
– Gols esperados (xG)
– Roger: 1,94 por partida
– Coudet: 1,16 por partida
– Grandes chances criadas
– Roger: 3,25 por partida
– Coudet: 1,75 por partida
– Finalizações totais
– Roger: 15,33 por partida
– Coudet: 12,75 por partida
Fonte: gauchazh
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