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Daniel Ricciardo se despede da F1 2024; relembre momentos da carreira

RB anuncia encerramento do vínculo com australiano, que deixa a categoria como o 5º piloto mais vencedor do grid atual

F1 2023: Daniel Ricciardo cravou a quarta posição no grid do GP do México — Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images

Nem só pelos largos sorrisos e pelos “shoeys” de gosto duvidoso que Daniel Ricciardo será lembrado. O carismático australiano se despede da F1 2024 depois que a RB optou por romper o contrato com o piloto e promover o jovem Liam Lawson para seu lugar no restante da temporada. Do alvorecer na modesta Hispania em 2011, disputou 257 corridas ao longo de 14 temporadas, conquistou oito vitórias, três poles e incontáveis fãs ao redor do mundo.

Após o anúncio oficial da saída, Ricciardo se manifestou pelas redes sociais e destacou o amor pela F1 e a gratidão a todos que fizeram parte da sua carreira:

– Eu amei esse esporte minha vida toda. É louco, maravilhoso e tem sido uma jornada. Aos times e indivíduos que fizeram a sua parte, obrigado. Aos fãs que amam esse esporte às vezes mais do que eu, obrigado. Sempre há altos e baixos, mas tem sido divertido e, verdade seja dita, eu não mudaria isso. Até a próxima aventura – disse Ricciardo em seu post no Instagram.

O piloto de 35 anos, nascido em Perth, entrou para o programa de jovens pilotos da RBR ainda em 2008 e recebeu a primeira oportunidade na categoria pela Hispania, em 2011. A equipe, insatisfeita com o indiano Narain Karthikeyan, resolveu substituí-lo a partir do GP da Inglaterra pelo então novato Ricciardo. O melhor resultado naquela temporada foi um discreto 18º lugar, mas o desempenho apresentado com um equipamento muito inferior foi o suficiente para convencer a STR a apostar no jovem australiano a partir de 2012.

E foi justamente na sua corrida de casa, em Melbourne, que Ricciardo marcou os primeiros dos seus 1329 pontos até agora ao cruzar a linha de chegada na 9ª posição. Já no ano seguinte, conseguiu furar a fila em relação ao seu companheiro de equipe, Jean-Éric Vergne, e foi promovido para a equipe principal para substituir o conterrâneo Mark Webber que se aposentou ao final de 2013.

Naquele momento, Ricciardo dava o maior passo da carreira até então ao desembarcar na melhor equipe do grid tendo ao seu lado o tetracampeão Sebastian Vettel. Com um carro competitivo, terminou em 3º no mundial de pilotos de 2014, com 71 pontos de vantagem sobre Vettel. Com as vitórias conquistadas no Canadá, Hungria e Bélgica, o australiano se estabeleceu entre os principais pilotos da categoria e era visto à época como um futuro campeão mundial.

Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo no GP da Rússia — Foto: Getty Images

No ano seguinte – com a saída de Vettel para a Ferrari e a chegada do russo Daniil Kvyat para seu lugar – era natural que o australiano assumisse a posição de primeiro piloto da equipe. No entanto, o cenário começou a mudar quando um tal de Max Verstappen desembarcou na equipe de Milton Keynes em 2016. Apesar da estreia meteórica do holandês na RBR – com direito a vitória na primeira prova, no GP da Espanha – os dois partilhavam do mesmo prestígio dentro da equipe, pelo menos publicamente.

Mas o sorriso – marca registrada do australiano – começou a ser substituído pela frustração aos poucos. Inicialmente, quando perdeu uma vitória praticamente certa no GP de Mônaco por uma trapalhada da RBR que não estava pronta para o pit stop quando o piloto foi aos boxes. Ainda assim, Ricciardo finalizou o campeonato novamente na 3ª posição, com direito a uma vitória em um embate direto contra Verstappen no GP da Malásia daquele ano.

E apesar de se ver constantemente ameaçado pelo desempenho do companheiro de equipe, o piloto do carro #3 ainda conseguia brilhar por conta própria. Conhecido como o melhor ultrapassador da F1 durante um tempo, o australiano voltou ao topo do pódio no GP do Azerbaijão, em 2017, com uma bela ultrapassagem tripla na curva um. Só que a história foi bastante diferente nas mesmas ruas de Baku no ano seguinte: Ricciardo e Verstappen duelaram durante várias voltas, até que ambos bateram e tiveram que abandonar a prova. Ali se estabeleceu uma fissura na relação entre piloto e equipe que jamais foi restaurada.

Acidente entre Daniel Ricciardo e Max Verstappen no Azerbaijão — Foto: Reprodução/F1

Assim, nem mesmo a posterior vitória nas ruas de Mônaco, classificada como uma “redenção” pelo próprio piloto conseguiu salvar o vínculo. Ricciardo, então, arrumou as malas para defender as cores da Renault na temporada 2019. Contratado a peso de ouro pela equipe francesa, o australiano conquistou apenas dois pódios e resolveu pular fora do barco para tentar uma nova empreitada na emergente McLaren a partir de 2021.

Apesar disso, a passagem pela equipe britânica seguiu a tendência negativa da carreira do piloto. Completamente dominado por Lando Norris ao longo das duas temporadas em que dividiram as garagens do time de Woking, o solitário momento de glória veio justamente com a última vitória da carreira conquistada em Monza, na Itália.

Porém, nem isso foi o suficiente para garantir a permanência do piloto, dispensado em 2022 antes mesmo do fim do contrato. De fora do grid pela primeira vez desde a estreia, muitas dúvidas pairavam sobre o futuro de Ricciardo, mas uma velha conhecida entrou na história. A RBR resgatou o australiano do ano sabático para o posto de piloto reserva e depois o alocou no lugar de Nyck de Vries na Alpha Tauri (hoje denominada RB) – posição ocupada até o último GP de Singapura.

Havia certa expectativa de que Ricciardo pudesse voltar para a RBR no lugar de Sergio Pérez devido às oscilações do mexicano. Mas as constantes derrotas para seu companheiro de equipe, o japonês Yuki Tsunoda, tanto em classificações quanto em corridas, afastaram essa possibilidade. Agora, a cúpula da RBR decidiu abrir mão de vez do piloto para dar lugar a Liam Lawson, que já pedia passagem desde o ano passado quando substituiu o próprio lesionado Ricciardo durante cinco corridas.

Dessa forma, o final de “conto de fadas” como projetado por Ricciardo nessa volta à Fórmula 1 acabou não acontecendo. Durante entrevista após o GP de Singapura, o australiano chegou a se emocionar quando questionado se esta poderia ser sua última corrida. Assim, o sorriso tão característico deu lugar ao choro numa cena que contrasta com a personalidade extrovertida do piloto e reflete uma despedida melancólica da F1 2024.

Por Suelen Oliveira
Estagiária sob supervisão de PH Peixoto

Fonte: ge.globo


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