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Bortoleto traça meta realista para GP do Bahrein e dá nota para início na F1

Em entrevista exclusiva ao ge no país asiático, piloto da Sauber fala sobre início de trajetória na categoria máxima do esporte a motor mundial

Gabriel Bortoleto no Bahrein, antes de GP no circuito de Sakhir — Foto: Andy Hone/LAT Images

Campeão da Fórmula 3 em seu ano de estreia, em 2023, e no ano seguinte novamente campeão na Fórmula 2, o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto garantiu seu lugar como piloto titular da Fórmula 1 em 2025 na equipe Sauber, a última colocada do Mundial de Construtores no ano passado. Mas, neste ano, precisa se ajustar a uma nova realidade: entrar em seu carro de corrida sabendo que terá poucas chances de brigar por vitórias, pódios e até mesmo ficar entre os dez melhores.

Sete anos após Felipe Massa se tornar o último piloto brasileiro a fechar uma temporada completa na F1, a expectativa sobre Bortoleto certamente seria alta, ainda mais vindo de uma torcida acostumada com os títulos de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna e as vitórias de José Carlos Pace, Rubens Barrichello e Felipe Massa.

Mas, com um discurso realista, o jovem piloto de Osasco, na Grande São Paulo, tem mostrado que seus resultados até aqui podem ser considerados positivos, como ter superado em duas situações o experiente companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, com mais de 230 GPs na F1. Bortoleto ficou à frente do alemão na classificação na Austrália e na corrida na China. Em Melbourne, Bortoleto também foi destaque ao se classificar para o Q2, ficando entre os 15 melhores do grid.

Alguns erros como a largada em Suzuka e a rodada no GP de estreia, na Austrália, fizeram o próprio piloto dar uma “nota 8,5” para sua temporada 2025 até aqui, como ele contou em entrevista exclusiva ao ge no Circuito Internacional do Bahrein, que recebe neste final de semana a quarta etapa da F1.

Gabriel Bortoleto durante o dia de mídia do GP do Bahrein — Foto: Andy Hone/LAT Images

Gabriel Bortoleto durante o dia de mídia do GP do Bahrein — Foto: Andy Hone/LAT Images

Confira a seguir a entrevista:

ge: Após três corridas, como avalia seu ano de estreia na F1 até aqui?

Gabriel Bortoleto: Em relação a ritmo, classificação e corrida, estou muito contente com a forma como a gente começou. Tenho um companheiro muito experiente (Nico Hulkenberg), e, sendo sincero, estou sempre ali com ele. Algumas corridas na frente, em outras atrás, mas acho que faz parte. Tenho um companheiro bom e rápido. A comparação realista que a gente pode fazer é dentro da equipe. E como equipe a gente sabe bem onde está e o que precisa melhorar. A gente tem, provavelmente, o carro mais lento do grid neste momento, mas é um trabalho constante de evolução que a gente tem que fazer com a equipe de desenvolvimento.

Você acha que a maioria dos fãs brasileiros já entende que, para um piloto de Sauber, ir para o Q2 é uma importante conquista?

– Acho que não todos, mas aqueles que realmente acompanham F1 e entendem do esporte sabem bem disso. Mas não julgo também. Aqueles que não acompanham tanto e não sabem das diferenças dos carros não têm a obrigação de saber que o Q2 para a gente é quase uma pole position. É a mesma coisa de eu tentar dar pitaco em futebol, pois não entendo do esporte. Mas é importante a mídia explicar isso muito bem sempre, para tentar expandir o conhecimento do nosso esporte.

Gabriel Bortoleto na classificação para o GP da Austrália — Foto: Mark Peterson/Reuters

Gabriel Bortoleto na classificação para o GP da Austrália — Foto: Mark Peterson/Reuters

Mas você lida bem com esta expectativa do torcedor, que pode não ser tão realista?

– Sim, é mais uma questão de gestão de expectativa, pois não tem como ninguém esperar que eu estreie na F1 e saia ganhando corrida na situação que estamos como equipe. Quem criou mais expectativa do que isso se iludiu bastante. A gente sabe onde a Sauber estava nos últimos anos, mas o projeto Audi, que é nosso futuro, já começou. E é um processo. Não é por virar Audi que a gente, de um dia para o outro, vai ganhar corrida ou chegar no pódio.

Este projeto de longo prazo significa que você tem mais segurança de seguir na F1 por mais tempo e assim poder mostrar seus resultados?

– Graças a Deus eu tenho um bom contrato e tenho bastante confiança da parte da equipe. Acredito que eles estejam bastante felizes com o trabalho que tenho feito com os engenheiros e todos. Acho que tudo isso é positivo, mas sei que o que conta são os resultados na pista. É importante continuar entregando e melhorar o carro, a pilotagem e tudo.

Você já disse que não está na F1 para andar em último. Mas, na teoria, estando na equipe que foi última colocada em 2024 e sendo menos experiente que seu companheiro de equipe, seu lugar “normal” seria a 20ª posição. Então toda corrida você precisa superar isso: é com esta mentalidade que você entra no carro a cada sessão?

– Com certeza. Minha mentalidade é fazer o melhor possível, extrair o máximo que der do carro e até mais do que ele aceita. Muitas vezes isso vai acontecer, muitas vezes a gente vai, sem querer, ir acima do limite, pois a gente está querendo mais. Claro, se você tem uma equipe que tem um carro muito bom, você pode errar muito mais, estar mais lento que o companheiro e ainda assim vai chegar no Q3 facilmente, pois você tem um carro para isso. No nosso caso, nossa chance na classificação é no Q1. E temos dois jogos de pneus para entregar tudo, e, como estreante, às vezes você vai para uma pista que não conhece, vai para a classificação tentando a melhor volta que você pode para entrar no Q2, e não é fácil. Ainda assim, a gente tem conseguido bons resultados nas classificações.

Na F1, os estreantes são avaliados muito mais pela velocidade do que pela constância. Max Verstappen errava muito quando era estreante… você vê desta forma?

– Acho que todo mundo errou muito como rookie. O Verstappen é um bom exemplo por ter se tornado tetracampeão do mundo. Mas se você olhar, a quantidade de erros e batidas que ele cometeu no primeiro ano foi altíssima. E faz parte. Quando você está tentando tirar tudo do carro, não é que a equipe vai ficar brava. Eles vão ficar bravos se você bater de forma estúpida, negativa, errando sozinho. Agora, se você está colocando o carro no limite, tirando leite de pedra e acaba cometendo um erro, a equipe não vai te julgar por isso. É um carro de corrida, estamos correndo a 300 km/h.

Bortoleto e Verstappen no paddock durante a pré-temporada no Bahrein — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Bortoleto e Verstappen no paddock durante a pré-temporada no Bahrein — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Se você tivesse que dar uma nota, que nota você se daria para essas três corridas até aqui?

– Eu acho que me daria 8,5. Minha largada no Japão não foi muito positiva, na China, mesmo lutando bastante com o pessoal, a gente sabe das instabilidades do carro, e eu acabei perdendo o carro. Depois, consegui uma ótima recuperação e um ritmo de corrida muito bom, que no final das contas é o que importa para a gente: entender e melhorar nosso ritmo. Nossas classificações foram muito positivas, entregamos sempre bons resultados. Eu tenho trabalhado bastante com a equipe fora da pista e isso tem sido positivo. Me daria uma nota boa e acho que a equipe está bem contente.

GE: Dois anos atrás, eu te entrevistei aqui no Bahrein após sua vitória no final de semana de estreia na F3. Na ocasião, você disse que a pista estaria guardada em sua memória. O que este circuito representa para você?

– É um lugar que tem muito significado para mim. Eu adoro aqui e tenho ótimas memórias do meu caminho para a Fórmula 1. Foi aqui que tudo começou e onde entrei no radar das equipes de F1, e consegui iniciar minha ascensão nas categorias de base.

E qual seu objetivo para a corrida aqui e para o restante da temporada?

– Continuar do jeito que a gente está crescendo, tentar entregar os melhores resultados em classificações e corridas, melhorar o carro e, em algum momento, lutar por pontos.

Dá para lutar por pontos aqui no Bahrein?

– Acho que aqui ainda não. A gente não está nesta posição. Mas acho que a gente pode fazer um resultado decente na classificação.

Gabriel Bortoleto ao lado de Nico Hulkenberg no Bahrein — Foto: Andy Hone/LAT Images

Gabriel Bortoleto ao lado de Nico Hulkenberg no Bahrein — Foto: Andy Hone/LAT Images

Como tem sido o trabalho com o Nico Hulkenberg? Melhor ou pior que o esperado?

– Melhor que o esperado. Ele tem sido muito aberto, honesto, e a gente tem trabalhado muito bem juntos, sempre muito alinhados.

Ele já tem 230 GPs de experiência. E você, também se vê ficando na F1 por muito tempo?

– Eu quero ficar por muitos anos e entregar resultados. Quero ganhar, representar meu País no topo. Não quero andar em último ou no meio do pelotão. Não é onde a gente merece ficar como equipe, pelo trabalho que a gente tem feito. Estou aqui para ficar e entregar resultados.

Infos e horários do GP do Bahrein da F1 2025 — Foto: Infoesporte

Infos e horários do GP do Bahrein da F1 2025 — Foto: Infoesporte

Fonte: ge.globo

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