logo-1-b
Previous slide
Next slide

Após Vencer o Câncer, Porta-Bandeira do Brasil Tatua Música Gaúcha no Braço

Raquel Kochhann, uma verdadeira inspiração olímpica, tem motivos de sobra para ser a porta-bandeira brasileira na cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris. Representando um esporte que ainda busca espaço no Brasil e enfrenta preconceitos, Raquel participou dos Jogos desde o Rio de Janeiro em 2016.

Foto: A catarinense Raquel Kochhann representa um esporte que busca espaço no país.José Alberto Andrade / Agência RBS

Mas sua maior conquista não é apenas esportiva. Raquel superou uma batalha pessoal contra o câncer de mama, que se espalhou para um osso do peito. Durante quase dois anos, ela passou por internações, radioterapia e quimioterapia, afastando-se do esporte por mais de uma temporada. Nada, no entanto, a fez desanimar. Hoje, ela celebra sua recuperação e sua posição como representante das “Iaras” (a equipe feminina de rugby do Brasil) e porta-bandeira do país ao lado de Isaquias Queiroz.

“Cheguei aqui também para me divertir. Estou muito feliz. Nosso time tem poucas chances de medalha, mas queremos fazer mais do que em Tóquio. Podemos ganhar do Japão na primeira fase e já será algo muito bom. Eu já estou muito realizada,” enfatizou Raquel.

Um Abraço Efusivo das “Iaras”

Ao final de sua entrevista, Raquel foi recebida com abraços calorosos de suas colegas de equipe, as “Iaras”, celebrando uma conquista que vai além do esporte.

“Cataúcha” de Coração

Nascida em Saudades, no oeste catarinense, e criada na vizinha Palmitinho, Raquel se orgulha de suas raízes. Filha de agricultores, ela cresceu na lavoura, dividindo seu tempo entre os estudos e o trabalho com os pais. Seu espírito gaúcho foi reforçado durante os cinco anos que viveu em Caxias do Sul, onde se formou na UCS e desenvolveu sua carreira no rugby pelo Charrua Clube de Porto Alegre.

Foi no Charrua que Raquel conheceu o lema da equipe, extraído de um clássico da música gaúcha, “Veterano”, de Antônio Augusto Ferreira: “Se a força falta no braço, na coragem me sustento.” Inspirada pela letra, ela tatuou a frase no braço direito, carregando-a como um símbolo de sua determinação e filosofia de vida após vencer a luta contra o câncer. Raquel Kochhann não só representa a força e a resiliência de uma atleta olímpica, mas também a coragem de uma mulher que superou adversidades pessoais para continuar brilhando no esporte que ama.

Fonte: gauchazh

Compartilhe