Alonso conta que não queria ser piloto e revela: “Gostava mais de jogar futebol”

Bicampeão mundial de F1, espanhol diz que foi influenciado pelo pai a correr e detalha privações sofridas na carreira: “A primeira vez que fui a uma boate foi aos 29 anos”

Piloto mais longevo da história da F1 com 396 corridas disputadas, Fernando Alonso revelou que o automobilismo nem sempre foi sua primeira opção. Presente em um evento de um patrocinador da Aston Martin, na Índia, o bicampeão admitiu que gostava mais de futebol do que de corridas quando era criança.

Torcedor do Real Madrid, o espanhol contou que começou no mundo das corridas ainda cedo por influência do pai, mas não conseguiu contar para o patriarca que se divertia mais nos gramados do que nas pistas.

– Não escolhi ser piloto. Foi meu pai, preciso admitir. No meu caso, andei de kart pela primeira vez aos 3 anos. Como você pode imaginar, não escolhi fazer a corrida. Durante a semana, na escola, eu jogava futebol e era goleiro. Lembro que gostava mais de jogar futebol do que dos finais de semana de corrida – revelou Alonso.

Para não decepcionar o pai, o espanhol disse que seguiu praticando e desenvolvendo suas habilidades até conseguir chegar na F1. A estreia aconteceu em 2001, pela modesta Minardi, mas foi defendendo as cores da Renault que Alonso conseguiu conquistar os títulos mundiais de 2005 e 2006. Com passagens por McLaren, Ferrari e Alpine, o piloto atualmente defende a Aston Martin, com oito pódios conquistados pelo time até o momento.

Ao longo de 21 temporadas na principal categoria do automobilismo mundial – não fez parte do grid apenas em 2002, 2019 e 2020 – o asturiano conseguiu se notabilizar como um dos pilotos mais talentosos de sua geração e esse foi um dos motivos que o fez continuar nas pistas.

– Há milhares de jogadores de futebol, mas apenas 20 na Fórmula 1. Então, era mais chamativo, mais exclusivo – detalhou o espanhol.

Agora com 43 anos, Alonso é o piloto mais experiente da F1 atual e dedicou boa parte da vida às corridas. Segundo o espanhol, a exigência de se dedicar ao esporte de forma profissional cobrou seu preço e o privou de ter certas experiências.

– Não tinha um tempo normal de escola, perdia muitas coisas porque estava correndo na Itália e em outros países. Precisei fazer as provas nas semanas seguintes e sofri um pouco. A primeira vez que fui a uma boate foi aos 29 [anos]. Então, perdi várias coisas – contou o bicampeão.

Ainda assim, o espanhol disse que não sabe o que faria se não fosse piloto na F1 e aproveitou para projetar o futuro fora das pistas.

– Acho que sou feliz com a minha vida, mas ainda perdi coisas. Não tenho filhos, é algo que quero ter como objetivo pessoal. Espero que nos próximos anos, não muito tarde. Provavelmente, eu imaginava uma vida diferente – finalizou Alonso.

O próximo compromisso de Alonso na F1 vai ser durante o GP dos Estados Unidos, 19ª etapa da temporada, programada para acontecer entre 18 a 20 de outubro.

Fonte: ge.globo

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