Trajetória do cantor, um dos maiores da história da música brasileira, foi retratada em cinebiografia protagonizada por Jesuíta Barbosa
Enorme sucesso do cinema brasileiro, Homem com H retrata a vida de Ney Matogrosso. O filme dirigido e roteirizado por Esmir Filho, produzido pela Paris Filmes e estrelado por Jesuíta Barbosa atraiu milhares de fãs aos cinemas e um grande público ao streaming, visto que está disponível na Netflix.
Apesar de sua veia artística expansiva, Ney é discreto no âmbito pessoal. Logo, para que aceitasse expor sua própria trajetória em um longa-metragem, o artista precisaria ser convencido de que se tratava de um projeto sério.
Em entrevista à Rolling Stone Brasil antes de sua participação no show-tributo Viva Cazuza, o ícone da música brasileira revelou qual foi a sua única condição para que Homem com H se tornasse realidade. Para ele, era obrigatório que a história contada fosse inteira real.
“Aquilo ali é um filme feito, embora a minha única condição para a coisa acontecer é que só fosse verdade. Então, tudo que está ali é verdade, a respeito do Cazuza e a respeito de todas as pessoas.”
Matogrosso, contudo, esclarece que aquela é a verdade sob o ponto de vista dele. O comentário foi feito com o objetivo de evidenciar que a personalidade do cantor falecido em 1990 ia muito além do era apresentado por outras pessoas e a mídia no geral.
“[Aquele] É o meu ponto de vista sobre o Cazuza, porque no meu ponto de vista, Cazuza não era só aquele inconsequente, louco, jogado. Não. Eu conheci um outro, foi exatamente pelo outro que me interessei — que era encantador, altamente perigoso, sabe? Tinha que tomar cuidado. E eu não tomei e entrei. Foi tudo ótimo. Foi tudo muito bom.”
Ney Matogrosso em tributo a Cazuza
Ney Matogrosso foi um dos convidados do show Viva Cazuza, na última sexta-feira, 11. Realizado pelo Circo Voador em parceria com a Rolling Stone Brasil, o evento trouxe o cantor para interpretar as músicas “Poema”, “Balada do Louco” (Mutantes) e “Pro Dia Nascer Feliz” (Barão Vermelho).